
Nome comum: florilpicoxamida (florylpicoxamid)
Ação biológica: fungicida
Nomes de código em testes: XDE-659, XR-659
Família química: picolinamidas (picolinamides)
Nome químico (IUPAC): (2S)-1,1-bis(4-fluorofenil)propan-2-il N-{[3-(acetiloxi)-4-metoxipiridin-2-il]carbonil}-L-alaninato
Nome químico (CAS): L-Alanina, N-[[3-(acetiloxi)-4-metoxi-2 piridinil]carbonil]-, (1S)-2,2-bis(4-fluorofenil)-1-metiletil éster
Número CAS: 1961312-55-9
Modo de ação: inibidor da respiração em MET III (complexo citoplasmático bc1) - QiI
Grupo de resistência: C4 #21
Translocação em plantas: contato e mobilidade vegetal (translaminar e acropetal)
Constante de dissociação: não se dissocia em valores de pH ambientalmente significativos
Solubilidade em água: 3,1 mg/L a pH 7
Coeficiente de partição: (log10 POW) 4,2 a pH 7
Fórmula empírica: C27H26F2N2O6
Peso molecular: 512,509 g/mol
Densidade relativa: 1,28 a 20°C
Ponto de fusão: 91,0 a 95,5°C
Ponto de ebulição: decompõe-se antes da ebulição
Inflamabilidade: não altamente inflamável
Propriedades explosivas: não explosiva
Pressão de vapor:
< 5 x 10-6 Pa (3,5 x 10-8 mm Hg) a 20°C
< 9 x 10-6 Pa (6,8 x 10-8 mm Hg) a 25°C
Odor: nenhum perceptível
Aparência: sólido castanho claro (pó grosso) a 20°C
Breve histórico sobre a florilpicoxamida
Cientistas da Corteva Agriscience descobriam a florilpicoxamida, segundo fungicida da classe dos inibidores de quinona interna (QiI) desenvolvido a partir da molécula natural UK-2A. A nova substância demonstrou alto desempenho no controle de Zymoseptoria tritici.
Conforme a literatura, a florilpicoxamida surgiu após desestruturação sintética do anel macrocíclico do UK-2A. Essa abordagem permitiu identificar elementos estruturais fundamentais para a atividade antifúngica. A partir dessas informações, pesquisadores simplificaram a cadeia amínica, reduzindo o número de estereocentros e custos de produção.
No desenvolvimento, compostos intermediários apresentaram controle parcial da septoriose, o que orientou a otimização estrutural. A versão final manteve apenas dois estereocentros obtidos de fontes naturais, como etil L-lactato e Boc-L-alanina. Uma simples acetilação resultou em florilpicoxamida, com eficácia equivalente ao padrão interno.
Em ensaios em casa de vegetação e campo, o novo fungicida demonstrou amplo espectro contra patógenos ascomicetos, incluindo Alternaria solani (tomate), Cercospora beticola (beterraba) e Pyricularia oryzae (arroz).
Assim como a fenpicoxamida, florilpicoxamida atua no sítio Qi do complexo citocromo bc1. Em planta, converte-se em sua forma ativa, que ocupa o mesmo espaço de ligação que UK-2A.

