Confirmado primeiro foco de vassoura-de-bruxa da mandioca no Pará

Doença causada por fungo destrutivo atinge plantação indígena em área remota de Almeirim

20.05.2025 | 21:18 (UTC -3)
Revista Cultivar
Foco do fungo <i>Ceratobasidium theobromae</i> em mandioca em território indígena no norte do Pará
Foco do fungo Ceratobasidium theobromae em mandioca em território indígena no norte do Pará

O Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou o primeiro foco de vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Pará. O caso foi identificado em 15 de maio, em área indígena do Parque do Tumucumaque, no extremo norte de Almeirim, na fronteira com o Suriname.

A constatação decorre de inspeção feita em 28 de abril por técnicos estaduais. Após denúncia, os profissionais visitaram a Aldeia Bona, onde recolheram amostras de plantas com sintomas suspeitos. Exames no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiás confirmaram a presença do fungo Ceratobasidium theobromae.

A área afetada é de difícil o. Só se chega por voos fretados. O foco registrado encontra-se longe das regiões comerciais produtoras de mandioca no Pará.

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará e o Mapa monitoram o estado por meio de levantamentos fitossanitários. Até agora, não houve registro da doença em lavouras comerciais, nem apreensões de material contaminado nas barreiras de fiscalização do norte paraense.

A doença não tem relação com a vassoura-de-bruxa do cacaueiro. O fungo não oferece risco à saúde humana, mas provoca sérios danos às plantações. Causa deformações, murcha, clorose, morte das folhas e da planta. Espalha-se por material vegetal, ferramentas, solo e água. A Embrapa Amapá detectou o primeiro caso em 2024, em terras indígenas de Oiapoque.

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