Baldan estreia barter com máquinas agrícolas
Iniciativa permite troca de grãos por equipamentos; iniciativa ocorre em parceria com a Grão Direto
Com a safra de pinhão em andamento desde 1º de abril, o Rio Grande do Sul atinge o pico da colheita. A Emater/RS estima produção de cerca de 860 toneladas até julho. A oferta aumentada derrubou os preços, hoje entre R$ 12 e R$ 14 por quilo. Em abril, o quilo custava R$ 17.
Regiões das Hortênsias e Campos de Cima da Serra lideram a produção com mais de 600 toneladas previstas. No Planalto, área de o Fundo, a estimativa é de 110 toneladas. Já as regiões Centro Serra e Serra do Botucaraí devem colher 150 toneladas.
A safra atual traz alívio aos agricultores extrativistas. Em 2023, a produção foi considerada muito fraca. Segundo o extensionista Antônio Carlos Borba, embora ainda aquém de uma safra cheia, o volume colhido garante renda e subsistência para muitas famílias.
O pinhão integra a cultura do Sul do Brasil. A produção, majoritariamente artesanal, enfrenta limitações por falta de beneficiamento e industrialização. A colheita é manual, realizada no solo ou por derrubada das pinhas com ferramentas.
A coleta só é permitida a partir de 1º de abril, conforme a Lei Estadual nº 15.015/2022. A norma protege a Araucária Angustifolia, espécie ameaçada de extinção. O corte ou poda das árvores produtoras está proibido entre abril e junho. O descumprimento gera multa.
A araucária leva de 12 a 15 anos para gerar pinhão. A fragmentação florestal causada por ações humanas reduz a regeneração natural e compromete a base genética da espécie. Borba alerta: se nada for feito, a árvore pode desaparecer em 50 a 70 anos.
A Emater orienta produtores a preservar a espécie. A regeneração ocorre nas bordas das florestas. Muitos agricultores cortam mudas por desconhecimento. A instituição recomenda manter as plantas jovens e evitar qualquer corte.
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