Pesquisadores monitoram abelha invasora na fronteira do RS

Estudo quer identificar presença da Bombus terrestris, espécie europeia que ameaça as mamangavas nativas do Pampa

27.05.2025 | 16:33 (UTC -3)
Maria Alice Lussani, edição Revista Cultivar
Foto: Fernando Dias
Foto: Fernando Dias

Pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), vinculado à Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, iniciaram um estudo para verificar se a abelha mamangava europeia invasora (Bombus terrestris) já alcançou o território brasileiro. A pesquisa ocorre em áreas de fronteira com o Uruguai, incluindo os municípios de Aceguá, Pedras Altas e Santa Vitória do Palmar.

A Bombus terrestris foi introduzida no Chile para polinização agrícola e, desde então, se espalhou pela Argentina, com potencial para atingir outros países sul-americanos. A presença da espécie preocupa por seus impactos negativos sobre as abelhas nativas, como competição por recursos, transmissão de doenças e até risco de extinção local.

O projeto vai monitorar, ao longo de um ano, a abundância e diversidade de mamangavas nativas do Bioma Pampa, além das plantas utilizadas por elas como fonte de alimento. Também será implantada uma área experimental na estação de Hulha Negra (Cesimet), com cultivos de leguminosas atrativas para esses polinizadores.

Apesar de ser considerada boa polinizadora, a Bombus terrestris pode causar desequilíbrios ecológicos e prejuízos na produção de mel e na polinização de culturas. Caso a espécie seja identificada em território brasileiro, sua presença deve ser comunicada ao DDPA, preferencialmente com foto e coordenadas geográficas, pelo e-mail: [email protected].

O estudo é conduzido pelo DDPA em parceria com pesquisadores da USP, Ulbra, Unisinos e Ibama.

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